‘Barco-hospital’ e 'ambulancha': como funciona o atendimento a bordo realizado no Pará
29/05/2024
O Profissão Repórter desta terça-feira (28) embarcou em uma viagem pelas comunidades ribeirinhas do Pará, onde falta acesso à saúde básica. Ambulancha
Reprodução/TV Globo
O Profissão Repórter desta terça-feira (28) embarcou em uma viagem pelas comunidades ribeirinhas do Pará. O programa mostrou que a maioria delas não acesso à saúde básica e o atendimento é realizado a bordo em equipamentos como um "barco-hospital" e uma "ambulancha". Saiba mais abaixo:
'Ambulancha'
Existem apenas três ambulanchas para atender as 144 comunidades ribeirinhas de Aveiro (PA)
Em Aveiro, o Profissão Repórter mostrou a dinâmica de atendimentos de emergência na sede da unidade de saúde. Em casos mais graves, os pacientes são encaminhados para cidades maiores onde existe hospital, como Itaituba. O transporte é feito de "ambulancha", uma ambulância fluvial, e as viagens podem durar até quase três horas.
Na embarcação, detalhes como usar o banheiro de uma balsa ou se proteger do vento gelado dificultam ainda mais a viagem para quem está com dor.
Atendimento em ambulancha
Reprodução/TV Globo
Existem apenas três ambulanchas para atender as 144 comunidades ribeirinhas de Aveiro. Por essa razão, a embarcação só faz o transporte de pacientes em casos de emergência.
"Uma remoção dessa daqui chega a custar R$ 2 mil como um todo, com combustível, piloto, técnico de enfermagem, em geral", relatou o técnico de enfermagem, Nauberg Vieira.
Ausência de postos, socorro pelas águas e difícil acesso: os desafios de saúde nas comunidades ribeirinhas do Pará
O 'barco-hospital' Abaré
'Barco-hospital' Abaré leva atendimento de saúde básica para ribeirinhos à margens do Rio Tapajós
O barco-hospital Abaré é um velho conhecido dos moradores às margens do Rio Tapajós. Desde 2006, a expedição leva atendimento de saúde básica para lugares onde o atendimento não existe ou é muito precário.
A bordo, são realizadas consultas ginecológicas, pediátricas, pequenas cirurgias ambulatoriais e atendimentos de saúde da família em geral. Serviços como esse só chegam a essas pessoas pelas águas. Veja no vídeo acima.
A expedição acontece x vezes por ano. Na última edição, a missão “Abaré” passou por mais de 20 comunidades dos municípios de Santarém, Aveiro e Belterra. A maioria delas não tem Unidade Básica de Saúde ou qualquer posto de atendimento.
Quando o Abaré se aproximou, a população logo formou uma fila à espera de consultas.
"É muito carente a nossa comunidade. Então, quando a gente tem essa oportunidade, a gente tem que aproveitar", disse uma ribeirinha.
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 28/05/2024 – Atendimento médico aos ribeirinhos no Pará
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