Justiça nega pedido de deputados de suspensão de projeto que quer terceirizar gestão de escolas públicas no Paraná

  • 02/06/2024
(Foto: Reprodução)
Decisão é do presidente do TJ-PR, Luiz Fernando Tomasi Keppen. Proposta do governo tramita em regime de urgência e está na pauta de votação desta segunda (3) da Assembleia Legislativa. desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen, empossado presidente do TJ-PR Orlando Kissner/Alep O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Luiz Fernando Tomasi Keppen, negou neste domingo (2) pedido feito por oito deputado estaduais de suspensão da tramitação do projeto de lei que quer terceirizar a gestão administrativa de escolas públicas do Paraná. O mandado de segurança foi protocolado neste sábado (1) e tentou impedir o avanço da proposta que tramita em regime de urgência (mais acelerado que o normal) e está na pauta desta segunda (3) da Assembleia Legislativa. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Os parlamentares signatários do pedido usam dois argumentos principais: afirmam que houve violação do processo Legislativo pelo fato de o projeto não ter passado pela Comissão de Finanças e Tributação, e que não foram apresentadas informações do impacto orçamentário da proposta. O mandado de segurança foi assinado por oito parlamentares: Ana Júlia (PT) Doutor Antenor (PT) Arilson Chiorato (PT) Goura (PDT) Professor Lemos (PT) Luciana Rafagnin (PT) Requião Filho (PT) RenatoFreitas (PT) Ao negar o mandado de segurança, o presidente do TJ-PR avaliou que "ao contrário do alegado, não se observa o desrespeito às regras de responsabilidade fiscal, capazes de justificar a concessão da ordem pleiteada". O desembargador também afirmou que cabe apenas ao Legislativo decidir se a matéria deve ou não tramitar em regime de urgência, não cabendo ao Judiciário avaliar a questão. Por fim, Keppen concluiu que os argumentos apresentados pelos deputados não são suficientes para "desconstituir a presunção de legitimidade e correção das informações orçamentárias" apresentadas no projeto de lei. Leia também: Morre ex-prefeito de Campina Grande do Sul e diretor da Sanepar Elerian do Rocio Zanetti, o 'Toco' Empresário reforma contêiner para abrigar pessoas em situação de rua, no Paraná PL foi apresentado há uma semana A proposta do governo estadual foi protocolada na última segunda-feira (27) e tramita em regime de urgência. O texto prevê que ao menos 200 colégios podem adotar o novo modelo de gestão. O mandado é contra ato do presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), que pautou a discussão e votação do projeto de lei para as sessões desta segunda-feira (3). "Objetivo dos impetrantes não é retardar o processo Legislativo de criação da lei, mas ampliar sua transparência, qualificar tecnicamente o debate dos projetos, o que afeta Diretamente no direito de toda a sociedade paranaense", diz trecho do pedido. >> Mais sobre o assunto: Críticos de projeto que terceiriza gestão administrativa de colégios estaduais no Paraná temem interferência pedagógica Entenda o projeto Governo do Paraná não definiu como vai contratar funcionários de escolas estaduais para 2021 Reprodução/RPC De acordo com a proposta, o modelo de gestão será feito por meio do "Parceiro da Escola", um programa que é testado, desde 2023, em dois colégios do estado: no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana (RMC). No projeto de lei, o governo afirma que a parte administrativa das novas instituições será feita "por empresas com expertise em gestão educacional", que deverão ter atuação comprovada na área. Conforme o projeto, “a gestão financeira de recursos do governo federal será realizada pelo presidente da unidade executora própria, levando-se em consideração o plano de trabalho do parceiro contratado”. Leia mais: Carro não vê trem e é arrastado por cerca de trinta metros ao cruzar linha férrea em Pinhais Com a proposta, a ideia é que “diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional”. A garantia é que professores e outros servidores públicos que trabalham nestas escolas serão mantidos. "Destaca-se que o Programa Parceiro da Escola pretende desonerar o gestor escolar de responsabilidades administrativas e financeiras para que possa concentrar seus esforços nos aspectos pedagógicos de sua função, liderando a escola com eficiência e criando um ambiente propício para o ensino e aprendizagem dos alunos", cita a mensagem escrita pelo Governo do Estado aos deputados. Professores e demais funcionários O texto afirma que os profissionais efetivos lotados no colégio permanecerão sob a gestão do diretor da rede e deverão atender a critérios e metas estabelecidos pelo parceiro contratado, em conjunto com o diretor da rede. No entanto, o texto não esclarece quais serão os critérios e metas que os profissionais deverão atender. O projeto também aponta que a Secretaria de Estado da Educação (Seed) poderá remanejar os servidores do quadro efetivo que, após consulta, optarem por relotação. Objetivos do projeto, segundo o governo No projeto de lei, o Governo do estado justifica que o projeto visa "garantir a gestão técnica e qualificada nas unidades educacionais, a fim de assegurar a prestação de serviços públicos educacionais de excelência". Também é citado como objetivo "buscar o aumento da qualidade da educação pública estadual, por meio do estabelecimento de metas pedagógicas e modernização das estruturas administrativas e patrimoniais". Colégios que podem receber o modelo O projeto de lei afirma que o modelo pode ser implantado em todas as instituições da rede estadual de ensino de educação básica, exceto nos seguintes tipos de instituições: de ilhas; de aldeias indígenas; de comunidades quilombolas; da Polícia Militar do Paraná; das unidades prisionais; que funcionem em prédios privados, cedidos ou alocados de instituições religiosas, salvo previsão no respectivo instrumento; que participem do Programa Cívico-Militar. Veja, abaixo, os colégios públicos do Paraná que podem passar a ter gestão privada: Confira colégios que podem ter gestão privatizada Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2024/06/02/justica-nega-pedido-de-deputados-de-suspensao-de-projeto-que-quer-terceirizar-gestao-de-escolas-publicas-no-parana.ghtml


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